3 dias em Paris

Ah, Paris....

Estive em Paris por apenas 3 dias, o que é longe do ideal. Foi em 2011, ao final de uma viagem que já durava 9 dias até então e, para mim, seria a primeira vez na cidade luz... Ainda bem que ir a Paris SEMPRE é uma boa ideia!

O que fazer em 3 dias?

O primeiro passo de uma viagem a Paris é listar tudo aquilo que você deseja conhecer e o que não deve perder... Em nosso caso, peguei guias, busquei opiniões, assisti filmes e vi inúmeros blogs na internet. Não faltou informação...

Depois, pegamos nossa linda lista de desejos e trouxemos para a realidade, pois em 3 dias não há como fazer tudo o que Paris tem a oferecer com qualidade. Reduzimos a pretensão e aproveitamos cada minuto do que essa cidade tinha para oferecer. Foi nessa que o Palácio de Versailles ficou para a próxima viagem.

Chegando em Paris

Sabe o clichê de que Paris é uma cidade voltada para o turismo? É fato. Você vai encontrar inúmeras indicações de como chegar a Paris, seja por avião, trem, ônibus... E em chegando lá, como ir até seu hotel ou hospedagem. 

A questão que eu levanto é a seguinte: como qualquer cidade grande, chegar em Paris é uma coisa, do aeroporto até seu hotel exige um certo tempo. Se você não tem tempo disponível ou essa experiência toda em viagens, talvez seja melhor contratar um transfer previamente. No nosso caso, teria sido providencial, pois viajávamos em um grupo de 6 pessoas com malas enormes (outro erro que nunca mais cometi). 

O aeroporto Charles de Gaulle é enorme e para sair de lá, andamos muito para pegar um VLT e em seguida um ônibus que nos deixaria na Gare du Nord, parada mais próxima de nosso hotel. Ao chegar lá, descobrimos que não seria muito prático pegar o metrô, muito menos conseguiríamos pegar taxi com aquelas malas. Fomos andando até o hotel... Não era tão longe assim, mas não era perto para ir rebocando mala. 

E lá fomos nós, arrastando mala e discutindo. O bom de discutir em Paris é que a gente está... em Paris!!! Oh là là! Bem ao longe, enquanto estávamos tentando achar o caminho, avistamos a Torre Eiffel que se destacava na paisagem. Logo mais a noite, tínhamos programado nossa visita ao mais famoso monumento do mundo... Mas confesso que é aquela visão ao longe que guardarei por toda minha vida!


O Hotel

Recomendo o Hotel , em que ficamos em Montparnasse, primeiramente pela localização e pela comodidade de ter 2 estações de metrô igualmente próximas. Além disso, tínhamos um Carrefour quase ao lado o que nos facilitava na hora de fazer aquela boquinha antes de dormir. Queijos, chocolates e vinhos no preço!

Para escolher outra localização de hospedagem, sugiro que você as estações de metrô da cidade, pois é a maneira mais cômoda de se locomover. O resto é andar muito a pé, curtindo a cidade.

Primeira Noite: Torre Eiffel

Antes de visitar o mais famoso monumento do mundo, pegamos o metrô até chegar a Saint Germain Des Pres, pois queríamos ver a Igreja de Saint-Sulpice. 

Quem já leu ou assistiu o Código da Vinci, deve se lembrar bem da igreja. Porém, não encontramos a mesma aberta, então aproveitamos para comer um sanduíche em um café logo ao lado.


Voltando a Torre Eiffel, havíamos comprados nossos ingressos antecipadamente pela internet e é fundamental que se faça isso pois as filas são enormes. Você agenda seu horário e chega pouco antes do horário de subir.

A Torre foi concebida por Gustave Eiffel por ocasião da Exposição Universal de 1889, sendo o edifício mais alto de Paris até hoje. Vinte anos após sua construção, quase foi demolida, escapando por seu valor para antena de transmissão de rádio, que foi acrescentada depois. 

Além de propiciar a visão panorâmica da cidade, a Torre, em si, é um espetáculo a parte quando anoitece, pois além de estar toda acesa, fica piscando de hora em hora.


Segundo Dia: Domingo é dia de Museu

Na nossa programação, decidimos tirar o dia de domingo para visitar o Louvre e o d´Orsay. 

É altamente recomendável que se compre os ingressos antecipadamente, mas no caso, esse era o primeiro domingo do mês de outubro e a entrada era gratuita. Digo isso, pois há muitas opções para se curtir atrações em Paris sem pagar nada, mas é necessário checar as datas direitinho. 

Devido ao pouco tempo, optamos por comprar um ticket de ônibus Hop On Hop Off para fazer um city tour panorâmico da cidade. Tem muita gente que abomina esse transporte, mas creio que ele tem suas vantagens em determinadas situações, como no nosso caso, a falta de tempo. Iniciamos nosso tour na Torre Eiffel e demos uma volta quase completa até parar no Louvre, quando descemos e fomos para a fila...

Era uma fila imensa, mas incrivelmente, andou muito rápido. Enquanto esperávamos, nos revezávamos na fila para tirar fotos ao lado da pirâmide. O museu ocupa o Palácio do Louvre, que foi sede do governo monárquico francês atá a transferência da corte para o Palácio de Versailles. É dividido em três alas, Richelieu, Denon e Sully, e abriga obras famosas como a Monalisa, a Vitória de Samotrácia e a Vênus de Milo, fora a imensa coleção arqueológica do Egito. Em uma primeira vez, sugiro observar o Palácio em si e escolher o que mais lhe interessa. É impossível ver tudo com qualidade, mesmo que você reserve todo um dia para isso, pois o Museu é imenso e sempre lotado de turistas, e o próprio ritmo de viagem pode induzir a apenas "cumprir tabela" no Louvre. Então, melhor relaxar, parar pra tomar um café e ter algo de fato para lembrar depois.

Nesse sentido, a experiência no Museu d´Orsay pode ser mais interessante, pela  própria dimensão do prédio e pelo recorte curatorial. 

Conhecido como o museu dos impressionistas, ele abriga obras do período que vai de 1848 até 1914, e é um dos museus mais recentes de Paris, tendo sido inaugurado em 1986. Uma antiga estação ferroviária, a Gare de Orsay, abriga o museu, que também é bastante frequentado. É possível conferir obras de alguns dos pintores mais importantes da História: Renoir, Degas, Gauguin, Van Gogh, Monet...

Saímos do Museu d´Orsay na hora de fechar e, de lá, nos encaminhamos para o Rio Sena para um passeio no Bateaux-Mouche. É um passeio tipicamente turístico, dirão os entendidos de plantão e com toda a razão... Mas eu adorei! É muito legal ver a cidade da perspectiva do rio Sena, além do fato de que é muito romântico. Lembrei um pouco do filme Antes do Por do Sol nesse momento. 

Decidimos jantar em um Bistrô às margens do Sena, ao final de nosso passeio. Era um local pequeno e aconchegante e não achei muito caro, porém não foi unanimidade em nosso grupo...


Terceiro Dia: Notre Dame e Montmartre

Como havíamos comprado o ticket do ônibus turístico por dois dia, usamos o mesmo para nos locomover entre os pontos de interesse que são as paradas dos mesmos. Muito do que é imprescindível conhecer em Paris, apenas vimos por fora... Lembro que não caminhamos na Champs Elisee até chegar o Arco do Triunfo, mas que descemos no monumento, antes de continuar o passeio.




Nesse terceiro dia, iniciamos por uma visita a Catedral de Notre Dame, um imponente edifício gótico, ainda com influências românicas, com suas torres, vitrais, gárgulas e arcobotantes, situado na ponta leste da Ile de la Cité

Toda sua importância histórica e arquitetônica, contudo, não suplantaram a profunda emoção que a igreja proporciona ao visitante que adentra no ambiente escuro e silencioso, mesmo que esteja lotado de turistas, e caminha até chegar à rosácea que ilumina gentilmente a imagem da Virgem com o Menino Jesus.



Não chegamos a tempo de assistir a missa, mas essa visita foi e será inesquecível para mim. Após essa bela visita, a intenção era conhecer a Saint Chapelle e seus belíssimo vitrais, porém nos deparamos com uma fila gigantesca na entrada e não resolvemos esperar.

Fomos então para o paraíso dos aficionados por marcas, a Galeria Lafayete. Nada contra o passeio em si, mas apesar de ser um belíssimo edifício, trata-se de shopping de luxo... Eu e meu marido nós separamos do grupo e fomos conhecer a Ópera Garnier, que fica muito próxima a Galeria. 

Infelizmente, a encontramos fechada nesse dia, creio que por questões extraordinárias.

Daí, nós reunimos de novo ao grupo e fomos até Montmartre. Nossa primeira parada foi na Basílica do Sagrado Coração de Montmartre, vulgo a Sacré-Couer

É possivel chegar até a igreja através de um funicular ou subindo os inúmeros degraus... Eu confesso que não esperei e subi a pé mesmo, me lembrando dos penitentes. Lá de cima, além da belíssima vista de Paris, podemos ver a igreja muito bonita e imponente, toda construída com mármore travertino. A arquitetura tem claramente influências bizantinas, tendo sido concluída em 1914, após o fim da Primeira Guerra.

Ainda em Montmartre podemos ver outros pontos como o Moulin Rouge e a Place des Tertres. Mas para curtir o clima do charmoso bairro, sugiro caminhar pelas ruas arborizadas, repletas de escadarias. É lógico que você vai acabar de deparando com algum artista querendo fazer o seu retrato e lhe cobrando uma pequena fortuna... Mas isso também faz parte, além do fato do retrato vir a não se parecer em NADA com você.

Ficamos em Montmartre até o anoitecer e já com aquele gosto de despedida na boca... Voltaríamos para o Brasil bem cedo no dia seguinte, saudosos de casa, mas com a certeza de que voltaríamos a Paris outras vezes.

Espero que você tenha curtido essa postagem e que vá a Paris em breve, ou então que tenha se recordado de sua viagen com tanto carinho como eu me recordei. Aproveite para matar a saudade ou para planejar a próxima viagem a Paris, assistindo esses video feito na Cidade Luz. Até a próxima!




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