Bahia: Praia do Forte

Depois de um ano atribulado, a viagem a Bahia, programada inicialmente para julho, foi transferida para Dezembro. Não era minha primeira vez nesse Estado, na verdade foi a quarta vez, mas posso considerar que foi como descobrir a Bahia novamente, pois tudo mudou muito desde a última vez que eu tinha ido a Salvador.

Sabe o que não mudou? O meu encanto por essa terra e povo especiais.


Bahia em Família

Eu e meus pais fomos a Salvador a primeira vez quando eu tinha dez ou onze anos de idade, em uma viagem de ônibus incrivelmente longa e cansativa, mas em que eu era toda curiosidade. 

Naquela época, Salvador era muito maior do que Fortaleza, nossa cidade natal, mas me recordo do Pelourinho, antes de passar por uma grande reforma, de apresentações de capoeira e de ver pratos com despacho nas calçadas. Por tantas lembranças que eu ainda guardava, achei que seria a viagem perfeita para eu levar minha mãe junto: nós duas, novamente na Bahia, além do meu filho e esposo. 

Praia do Forte: como ir

Vamos a uma dica que considero importante: se você pretende se hospedar na Praia do Forte, programe-se para ir direto do aeroporto de Salvador. Nós contratamos um traslado, que inclusive recomendo bastante e, em pouco mais de uma hora, já estávamos em nossa pousada. Dependendo do trânsito, você pode economizar pelo menos uns 40 minutos com essa estratégia.

Em uma das minhas viagens anteriores, cheguei a visitar a Praia do Forte, ainda pouco urbanizada e já com o Projeto Tamar. Confesso que não reconheci nada mais. Tudo está mudado, mas a urbanização ficou excelente, pelo menos para os turistas. Acredito que a população local também viva bem, pois de modo geral, vi as pessoas felizes e trabalhando, vivendo dignamente. Mas essa é minha percepção. 


Praia do Forte: onde ficar

A hospedagem na Praia do Forte não é barata, então, é interessante pesquisar com certa antecedência, mesmo porque, nos fins de semana costuma lotar. Escolhi a Pousada Rosa dos Ventos, que achei bastante charmosa e bem localizada, com uma equipe toda muito simpática, café da manhã bem servido e uma cortesia de um café da tarde. Nosso quarto era bem dimensionado e ficava na expansão da pousada, a poucos metros do prédio original.


Observamos muitos apartamentos em condomínios fechados, inclusive, disponíveis para locação. Acredito que para uma estadia um pouco mais longa, seja interessante. Como a vila é muito pequena, imagino que qualquer localização seja viável, em termos de hospedagem na Praia do Forte.




Também acho  que é possível se programar para passar o dia e voltar a noite, mas perde-se o charme que é a vila ao anoitecer, com seus restaurantes e clima agradável. Conselho de amiga? Pernoite.

Praia do Forte: o que fazer

Primeira coisa a fazer na Praia do Forte: vá ver o mar e respire fundo, relaxe e diminua seu ritmo. Pronto, a partir daí, você pode fazer tudo sem pressa. Veja a Igrejinha de São Francisco, as crianças se banhando, as embarcações, tome uma água de côco com um senhor que canta músicas do Dorival Caymmi e então, pode ir para o Projeto Tamar.

No Projeto Tamar, existem vários tipos de ingresso, inclusive um valor diferenciado para famílias. Veja a programação do dia, bem na entrada e agende o que você vai fazer. Ao comprar o ingresso, você recebe uma carimbada na mão e pode adentrar no Projeto durante todo o dia, ir e voltar quantas vezes quiser.

Não deixe de fazer o tour guiado e aprender sobre as tartarugas marinhas e outros animais que se lá encontram, nessa iniciativa pioneira e que mudou o perfil dessa localidade. Existem também várias atividades para crianças de todas as idades, tudo depende do que você quer fazer.

Ah, sabe aquela história de não comer em restaurante de museu e parques? Pois é, aqui é a exceção: adoramos o restaurante do projeto, tanto em atendimento, qualidade dos produtos, como preço justo. Fora que você almoça bem de frente para o mar, ouvindo o barulho das ondas. Perfeito.

Outra atividade imperdível é fazer o mergulho nos corais. Existem várias pessoas oferecendo esse serviço nas ruas, então, na dúvida, certifique-se na recepção do hotel.

Nós fizemos o nosso e recebemos, ainda no mesmo dia, as fotos que o instrutor tirou. Fomos caminhando até a praia e calçamos umas "crocs" que eles fornecem, daí, recebemos as instruções e seguimos direto para as piscinas naturais.

Dica: quanto mais cedo, melhor, embora dependa das condições da maré, pois tem menos gente no local. 


Existe ainda o Instituto Baleia Jubarte , mas não conseguimos encaixar em nossa programação. Também deve ser incrível avistar as baleias, mas para isso, programe sua visita entre os meses de julho e outubro.

É indispensável que você visite O Parque Histórico do Castelo Garcia e mergulhe de cabeça na História do Brasil. Minha primeira vez nesse sítio arqueológico foi quando ainda era estudante de Arquitetura e nunca esqueci a sensação de viagem no tempo.

Trata-se da primeira fortificação portuguesa militar e residencial do Brasil. Para ir até lá, pegamos um tuc-tuc na pousada e em alguns minutos estávamos no complexo. Acreditem se quiser, mas éramos os únicos turistas visitando o local. 

Como eu disse anteriormente, diminuir o ritmo é essencial para aproveitar a Praia do Forte em tudo o que ela pode proporcionar, então, ao final do dia, tome um banho refrescante e vá aproveitar uma refeição gostosa em um dos muitos restaurantes que há por lá. Nós experimentamos o 7 Pizzas com o excelente atendimento, Its Gastronomia para lanches, Papa Gente para um jantar a dois, entre outros.
Ah, para quem gosta de compras, há inúmeras lojas com artesanato e souvenir para presentear os familiares.

No próximo post, vou falar sobre nossa estada em Salvador e relembrar com carinho desses dias de baianidade.

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