O Porto
Nossa viagem de dez dias por Portugal, incluiu a cidade que deu o nome ao país: O Porto.
Sendo a segunda maior cidade do país e o quarto município mais populoso, o Porto encanta por sua relação íntima com o Rio Douro, por seu povo de sotaque bem distinto dos lisboetas, e por estar próximo a outras belas cidades, entre tantos motivos.
Certamente, a cidade nos convida a retornar e explorar novas possibilidades.
Em minhas pesquisas prévias, vi várias possibilidades de hospedagem e, como o Porto é uma cidade pequena, acredito que quase todas as localizações sejam viáveis. Se for uma viagem romântica, certamente eu indicaria hospedar-se na Ribeira e desfrutar da bela vista que o Rio Douro proporciona.
Em nosso caso, viagem em família, optamos pelo Grande Hotel do Porto, pelo custo-benefício, mas depois fiquei encantada com a história do mesmo. Quando da Proclamação da República no Brasil, a família real, Dom Pedro II e seus familiares, foram convidados a se retirar imediatamente do país. Sob protestos, eles embarcaram para Portugal e terminaram por se hospedar nesse hotel, onde a Imperatriz Teresa Cristina acabou por falecer. O Hotel é antigo, mas muito bem localizado, pois é possível fazer muitos passeios a pé e também, pegar transporte público saindo dali. O café da manhã é muito bom, com tantas opções, que se distingue do padrão europeu.
Na própria Rua Santa Catarina há muito o que fazer. A poucos metros do hotel, situa-se o belo Majestic Café , que quase sempre encontramos com fila na porta. Experimentamos por lá, entre outras coisas, a deliciosa rabanada. Achei os valores mais salgados, se comparados com outros estabelecimentos portugueses, mas não deixe de ir. Um pouco mais a frente, encontra-se a Fnac, com muitas ofertas de livros, games, eletrônicos.
Indo um pouco mais além, é possível encontrar a belíssima Igreja de Santo Idelfonso, famosa pela fachada de azulejos, que infelizmente só pude ver à noite.
No outro sentido, há o Shopping Viacatarina, que tem várias lojas e praça de alimentação. Quando fomos, chegamos em um feriado e encontramos as ruas totalmente lotadas, com as pessoas aproveitando para fazer compras. Particularmente, não sou muito fã de shoppings, mas foi bom conhecer. Prefiro lojas de rua, que nesse caso não faltam nessa região.
Muito bonita é uma igrejinha que fica mais a frente e tem a fachada também toda coberta de azulejos: a Capela das Almas. Entre as Rua Formosa e a Rua de Fernandes Tomás, visitamos o Mercado do Bolhão, onde podemos encontrar muitos itens típicos de Porto e de Portugal, incluindo aí os souvenirs de viagem. Ah, bem ao lado do mercado, encontra-se uma unidade do Pingo Doce, uma rede de supermercados de lá. Uma dica excelente para comprar os vinhos para o dia-a-dia, bem mais em conta, entre outras coisas. Explore as lojinhas tradicionais do entorno; há algumas encantadoras.
Além das dicas de compras, o Porto é uma cidade em que vale a pena caminhar. Praticamente tudo o que é de interesse para quem vai a primeira vez, encontra-se relativamente próximo. Agora vale ressaltar que a cidade tem vários níveis, então em muitos momento o sobe e desce pode cansar, principalmente idosos e crianças.
Acredito que podemos começar um percurso interessante partindo da Estação de São Bento, que é pequena e tem um interior muito bonito, um dos orgulhos locais. Da Estação, siga caminhando até a Igreja dos Clérigos. Não deixe de visitar o interior, pois é muito bonito. Ah, a entrada é pela lateral da igreja.
Aos fundos da igreja, fica a famosa Torre dos Clérigos e você pode visitá-la e subir seus mais de 200 degraus para ter uma vista panorâmica da cidade.
Logo atrás da Igreja e da Torre dos Clérigos, fica uma praça de desenho moderno e bem interessante, com níveis diferenciados e cafés e lojas distribuídos em uma alameda central. Dessa praça já é possível avistar a Livraria Lello, na Rua das Carmelitas,que ficou famosa após os livros e filmes de Harry Potter.
As intricadas escadas seriam a inspiração para as escadas de Hogwarts. Hoje, a livraria cobra ingresso, cujo valor pode ser abatido na compra de livros. Uma observação: passamos na frente da livraria por 3 vezes até encontrar um dia em que a fila não era gigantesca. Não há como confundir o prédio: é o que tem a maior fila do Porto.
Continue caminhando na Rua das Carmelitas e você vai chegar a duas igrejas colada umas na outra: a Igreja das Carmelitas e a Igreja do Carmo. Aliás, a cidade tem igrejas belíssimas, para quem aprecia esse tipo de visita.
Caminhando um pouco mais de volta ao Centro, visite a Praça da Liberdade, que fica ao longo da Avenida dos Aliados. A praça é muito bonita e tem uma estátua de Dom Pedro IV (Dom Pedro I, no Brasil) ao centro. Nós passamos pela praça algumas vezes, mas a conhecemos à noite, no primeiro dia. Era bem movimentada, acredito que pelo feriado, com muitas pessoas tirando fotos no letreiro da cidade.
Vale aqui compartilhar a dica de uma amiga nossa, que mora na cidade e nos acompanhou nessa primeira noite no Porto. Fomos a um restaurante chamado Cozinha na Baixa, de culinária contemporânea, que foge do esquema "turistão".
Apesar de ter adorado a localização de nosso hotel, fiquei com muita vontade de me hospedar na Ribeira em uma próxima vez.
Nós fizemos o passeio de barco que passa por seis pontes do rio Douro. É bem turístico, mas uma ótima forma de ter uma perspectiva diferente das cidades. Cidades, sim: o rio é a divisa de duas cidades: Vila Nova de Gaia e Porto.
A belíssima Ponte de D. Luís I, entre outras, liga as duas cidades. Não se contente apenas com o passeio de barco: explore as ruelas, conheça os restaurante e bares, aproveite para tirar de um lado e de outro do rio, converse com os locais, aproveite as iguarias...
Falando em iguarias, não deixe de experimentar a francesinha, um sanduíche típico do Porto. É bem reforçado, contudo, não achei tão saboroso... Mas comi todinho!
Para quem, aprecia frutos do mar, experimente a Taberninha do Manel, em Vila Nova de Gaia, também dica de nossa amiga.
Outra delícia que acabamos descobrindo por acaso foi a torta de nozes no Bar Hasta Publica, no lado do Porto, na Ribeira mesmo.
Nossa tentativa de conhecer o estádio do Benfica, em Lisboa, foi um tanto quanto frustrante, então nos programamos para ir bem cedo conhecer o Estádio do Dragão, mesmo porque fica um pouco longe de onde estávamos hospedados. Fomos de metrô. É uma bela visita, embora tenha achado o preço do ingresso bem salgado. O estádio é lindo, muito bem cuidado e tivemos acesso até aos vestiários dos jogadores. Fomos acompanhados todo o tempo e as guias interagiam bem com os visitantes. Percebemos que o estádio é um dos orgulhos dos habitantes e muitos nos perguntavam sobre futebol, sobre jogadores brasileiros que tinham jogado no Porto.
A cidade de Guimarães ostenta o título berço de Portugal, por ser o local de nascimento de D. Afonso Henriques, primeiro rei do país. Em 2001, o centro histórico com seus monumentos medievais, foi tombado pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
Não fomos ao Castelo, como já disse aqui, mas a dica que pesquisei é pegar um táxi para subir até o mesmo e ir descendo em direção ao Centro. Busque entrar nas ruelas e se deixar levar por esse clima medieval.
Sendo a segunda maior cidade do país e o quarto município mais populoso, o Porto encanta por sua relação íntima com o Rio Douro, por seu povo de sotaque bem distinto dos lisboetas, e por estar próximo a outras belas cidades, entre tantos motivos.
Certamente, a cidade nos convida a retornar e explorar novas possibilidades.
De Lisboa ao Porto
Vento friiiio, ainda em Lisboa! |
Após 6 dias muito agradáveis em Lisboa, optamos por ir ao Porto de trem, ou comboio como lá dizem. Se comprado com antecedência o bilhete pode sair bem mais em conta (mais de 50% de desconto). Nós ficamos em dúvida até o ultimo momento, se íamos de carro ou trem, mas optamos pelo trem mesmo. Só não contávamos com o atraso em mais de uma hora...
Ao sair do hotel, pegamos um táxi até a Estação do Oriente, principalmente por conta das malas, mas é muito fácil pegar o metrô também. O projeto da estação é do renomado arquiteto Santiago Calatrava e realmente se destaca na paisagem urbana, porém, em termos práticos, vou dividir a minha experiência: como o trem atrasou consideravelmente e ficamos esperando no terminal, sentimos na pele que a imponência do projeto não nos abrigava do frio e do vento do final do outono. O percurso durou em torno de 3 horas e descemos na Estação de Campanha, no Porto.
Uma opção muito boa é comprar o bilhete de avião, contemplando o trecho Lisboa-Porto e chegar em 1 hora no destino. Como o Aeroporto de Lisboa é bem localizado, você não vai precisar de tanta antecedência para essa viagem. Fazer o percurso de carro, a princípio seria uma excelente ideia, pois substituiria alguns bate-voltas por pit-stops ou até mesmo pernoites entre Lisboa e Porto. Mas como já mencionei em outro post, não queríamos dirigir...
Onde ficar
Ao fundo, a Ponte de Dom Luís I |
Ig. Sto Idelfonso |
Majestic Café |
Indo um pouco mais além, é possível encontrar a belíssima Igreja de Santo Idelfonso, famosa pela fachada de azulejos, que infelizmente só pude ver à noite.
No outro sentido, há o Shopping Viacatarina, que tem várias lojas e praça de alimentação. Quando fomos, chegamos em um feriado e encontramos as ruas totalmente lotadas, com as pessoas aproveitando para fazer compras. Particularmente, não sou muito fã de shoppings, mas foi bom conhecer. Prefiro lojas de rua, que nesse caso não faltam nessa região.
Capela das Almas |
Igreja dos Clérigos |
A Baixa
Além das dicas de compras, o Porto é uma cidade em que vale a pena caminhar. Praticamente tudo o que é de interesse para quem vai a primeira vez, encontra-se relativamente próximo. Agora vale ressaltar que a cidade tem vários níveis, então em muitos momento o sobe e desce pode cansar, principalmente idosos e crianças.
Acredito que podemos começar um percurso interessante partindo da Estação de São Bento, que é pequena e tem um interior muito bonito, um dos orgulhos locais. Da Estação, siga caminhando até a Igreja dos Clérigos. Não deixe de visitar o interior, pois é muito bonito. Ah, a entrada é pela lateral da igreja.
Aos fundos da igreja, fica a famosa Torre dos Clérigos e você pode visitá-la e subir seus mais de 200 degraus para ter uma vista panorâmica da cidade.
Fachada da Lello |
Livraria Lello |
Continue caminhando na Rua das Carmelitas e você vai chegar a duas igrejas colada umas na outra: a Igreja das Carmelitas e a Igreja do Carmo. Aliás, a cidade tem igrejas belíssimas, para quem aprecia esse tipo de visita.
Ig. das Carmelitas e Ig. do Carmo |
Vale aqui compartilhar a dica de uma amiga nossa, que mora na cidade e nos acompanhou nessa primeira noite no Porto. Fomos a um restaurante chamado Cozinha na Baixa, de culinária contemporânea, que foge do esquema "turistão".
A Ribeira
Apesar de ter adorado a localização de nosso hotel, fiquei com muita vontade de me hospedar na Ribeira em uma próxima vez.
Nós fizemos o passeio de barco que passa por seis pontes do rio Douro. É bem turístico, mas uma ótima forma de ter uma perspectiva diferente das cidades. Cidades, sim: o rio é a divisa de duas cidades: Vila Nova de Gaia e Porto.
A belíssima Ponte de D. Luís I, entre outras, liga as duas cidades. Não se contente apenas com o passeio de barco: explore as ruelas, conheça os restaurante e bares, aproveite para tirar de um lado e de outro do rio, converse com os locais, aproveite as iguarias...
Falando em iguarias, não deixe de experimentar a francesinha, um sanduíche típico do Porto. É bem reforçado, contudo, não achei tão saboroso... Mas comi todinho!
Para quem, aprecia frutos do mar, experimente a Taberninha do Manel, em Vila Nova de Gaia, também dica de nossa amiga.
Outra delícia que acabamos descobrindo por acaso foi a torta de nozes no Bar Hasta Publica, no lado do Porto, na Ribeira mesmo.
Ah. importantíssimo também conhecer uma das Caves de Vinho do Porto, que apesar do nome, ficam do outro lado, em Gaia. Nós conhecemos a Porto Cálem. Na verdade, compramos um ingresso que dava direito a um ônibus turístico, passeio de barco e tour na cave. Tudo o que há de interessante no Porto deve ser feito a pé, então o ônibus turístico não compensa mesmo. Havia uma opção de percurso que contemplava uma zona mais afastada da cidade, e foi o que nos motivou, junto com o passeio de barco, mas de verdade, demorou tanto (a espera pelo ônibus e o trajeto), que digo categoricamente: não valeu. Mesmo que você tenha pouco tempo no Porto, não caia nessa.
Estádio do Dragão
Campo e arquibancada |
Porto: bate-volta em Guimarães
Uma das grandes vantagens do Porto é a proximidade com outras cidades interessantes: Aveiro, Braga, Guimarães, entre outras.
Por só ter um dia disponível, fomos de trem apenas até Guimarães. O percurso não foi tão curto quanto pensei a princípio e, acredito que valha a pena sair o mais cedo possível para aproveitar o dia. Achei a estação de Guimarães um pouco afastada dos pontos de interesse e, como não havia guichê de informações, nem vimos ponto de táxi, acabamos pedindo informação a uma pessoa que nos fez caminhar muito até chegar onde queríamos.
Acho até que nos saímos bem, mas poderíamos ter poupado nossa energia para andar mais pela parte histórica ou ter visitado a região do Castelo. Daí a importância de pesquisar previamente ou de ter internet móvel no smartphone (a essa altura, já tinha esgotado a minha).
Por só ter um dia disponível, fomos de trem apenas até Guimarães. O percurso não foi tão curto quanto pensei a princípio e, acredito que valha a pena sair o mais cedo possível para aproveitar o dia. Achei a estação de Guimarães um pouco afastada dos pontos de interesse e, como não havia guichê de informações, nem vimos ponto de táxi, acabamos pedindo informação a uma pessoa que nos fez caminhar muito até chegar onde queríamos.
Acho até que nos saímos bem, mas poderíamos ter poupado nossa energia para andar mais pela parte histórica ou ter visitado a região do Castelo. Daí a importância de pesquisar previamente ou de ter internet móvel no smartphone (a essa altura, já tinha esgotado a minha).
A cidade de Guimarães ostenta o título berço de Portugal, por ser o local de nascimento de D. Afonso Henriques, primeiro rei do país. Em 2001, o centro histórico com seus monumentos medievais, foi tombado pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
Não fomos ao Castelo, como já disse aqui, mas a dica que pesquisei é pegar um táxi para subir até o mesmo e ir descendo em direção ao Centro. Busque entrar nas ruelas e se deixar levar por esse clima medieval.
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